Preference for liquidity and financial investments of individuals in Brazil: an analysis by investor segments (2014-2021)
Abstract
Este trabalho analisa o comportamento das aplicações financeiras das pessoas físicas no Brasil entre 2014 e 2021 à luz dos principais indicadores macroeconômicos e sob a perspectiva keynesiana da preferência pela liquidez. A hipótese é que a lógica curto-prazista dos investidores continuou preponderante, a despeito da mudança brusca das condições econômicas, em especial, a vigência de taxas de juros historicamente baixas no período. A metodologia contempla três partes: uma análise teórica, com o marco analítico da teoria keynesiana; uma contextualização do tema, e, por fim; uma investigação empírica para compreender os determinantes das aplicações financeiras. Os principais resultados da pesquisa evidenciaram que a preferência pela liquidez e os motivos para demandar moeda tem relação com a dotação patrimonial, com prevalência do motivo precaução e maior preferência pela liquidez para os segmentos de menor renda, e prevalência do motivo especulação e menor preferência pela liquidez, para o segmento de maior renda.
Downloads
References
Abreu, M. de P. (2014). A Ordem do Progresso - Dois Séculos de Política Econômica no Brasil. Disponível em: Minha Biblioteca, 2ª ed., Grupo GEN.
Amado, A. M. (2000). Limites monetários ao crescimento. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 21, n. 1, p. 44-81.
Amaral, R. Q.; Oreiro, J. L. (2008). A relação entre o mercado de dívida pública e a política monetária no Brasil. Revista de Economia Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 12, n. 3, p. 491-517. doi.org/10.1590/S1415-98482008000300004
Araújo, C. H. V. (2002). Mercado De Títulos Públicos E Operações De Mercado Aberto No Brasil – Aspectos Históricos e Operacionais. Nota Técnica do Banco Central, n. 12.
Assaf Neto, A. (2018) Mercado Financeiro. São Paulo: Atlas, 14ª ed.
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - ANBIMA (2022a). Estatísticas de Private Banking, 2023a. Disponível em: https://www.anbima.com.br/pt_br/informar/estatisticas/varejo-private-e-gestores-de-patrimonio/private-consolidado-mensal.htm. Acesso em 23 de abril de 2022.
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - ANBIMA (2022b). Estatísticas de Varejo. Disponível em: https://www.anbima.com.br/pt_br/informar/estatisticas/varejo-private-e-gestores-de-patrimonio/varejo-consolidado-mensal.htm. Acesso em 23 de abril de 2022.
Banco Central do Brasil. Sistema Gerenciador de Séries Temporais. Disponível em: <https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries >. Acesso em: 27.01.2023.
Belluzzo, L.G. de M. e Almeida, J.S.G. de (1990) Crise e Reforma Monetária no Brasil. São Paulo: São Paulo em Perspectiva, p. 63-75.
Carvalho, F.J.C. (1996) “Sobre a centralidade da teoria da preferência pela liquidez na macroeconomia pós-keynesiana”. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 17, p. 42-77.
____________. Economia Monetária e Financeira - Teoria e Política. Disponível em: Minha Biblioteca, 3 ed., Grupo GEN, 2015.
Chick, V. (2010). Sobre Moeda, método e Keynes. Campinas/SP: Editora UNICAMP.
Corazza, G. (1985). Teoria econômica e Estado (de Quesnay a Keynes). Porto Alegre: FEE.
Davidson, P. (2002) Financial Markets, Money and the Real World. Massachusetts: Edward Elgar.
Eichengreen, B. (2000) A globalização do capital: uma história do sistema monetário internacional. São Paulo: Ed. 34.
Engle, R. F., & Granger, C. W. J. (1987). Co-Integration and Error Correction: Representation, Estimation, and Testing. Econometrica, 55(2), 251–276. doi.org/10.2307/1913236.
Freitas, F.N.P. de. (2015) “Macroeconomia neoclássica (antes de Keynes)”. In: Busato, M.I. (org.) Escolas da Macroeconomia. Conselho Regional de Economia 1ª Região/RJ, 1ª ed. Rio de Janeiro: Albatroz.
Giambiagi, F. (2015). Finanças Públicas - Teoria e Prática no Brasil. Disponível em: Minha Biblioteca, 5ª ed., Grupo GEN.
Greene, W.H. (2018) Econometric Analysis. 8. ed. [S. n.]: Pearson.
IPEADATA. Disponível em: <http://www.ipeadta.gov.br>. Acesso em: 27.03.2024.
Keynes, J.M. (1930) A Treatise on Money. London: Macmillan, v. 1.
Keynes, J.M. (1936 [1996]) A teoria geral do emprego do juro e da moeda. São Paulo: Nova Cultural.
Keynes, J.M. (1937[2010]). “The “Ex-Ante” Theory of the Rate of Interest”. The Economic Journal. v. 47, n. 188 (Dec.). Tradução brasileira: A teoria ex ante da taxa de juros. In: Clássicos da Literatura Econômica, Rio de Janeiro, IPEA.
Minsky, H. (1986) Stabilizing an unstable economy. New Haven: Yale University Press.
Parreiras, M. A. (2007). A Estrutura Institucional Da Dívida Pública Brasileira E Seus Impactos Sobre A Gestão Da Política Monetária: Uma Análise Empírica Do Regime De Metas Para A Inflação. 2007. Dissertação (Mestrado) – Programa De Pós-Graduação Em Economia, Faculdade De Economia, Administração E Contabilidade, Universidade De São Paulo. São Paulo.
Paula, L.F. e Alves Junior, A.J. (2020) “Comportamento dos bancos e ciclo de crédito no Brasil em 2003-2016: uma análise pós-keynesiana da preferência pela liquidez”. Revista de Economia Contemporânea, v. 24, n. 2, p. 1-32. doi.org/10.1590/198055272425.
Tavares, M.C. e Belluzzo, L.G. de M. (1984) Uma reflexão sobre a natureza da inflação contemporânea. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Economia Industrial, texto para discussão nº 65.
Tesouro Nacional. (2023). Relatório Mensal da dívida pública federal (DPF) – dezembro de 2023. Disponível: https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2501:9::::9:P9_ID_PUBLICACAO:48782. Acesso em20/03/2024.
Tsoulfidis, L. (2010) Competing Schools of Economic Thought. Heidelberg: Springer.
Copyright (c) 2024 Roberto Rodrigues, Elisangela Araujo
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- Authors keep copyrights and concede to the Journal the right to the first publication, with the paper simultaneously licenced under the Creative Commons Attribution 4.0 International License which allows recognised author and journal work sharing.
- Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive versions of the paper published in this journal (e.g.: publish in an instituional repository or as a book chapter) with the recogntion of authorship and initial publication in this journal.
- Authors are allowed (and are estimulated) to publish and distribute their work online (e.g.: in institutional repositories or at their personal websites) at any point before or during the editorial process, once this may generate productive alterations on the paper, as well as increse the factor of impact and quotation of the published paper (please, see Free Access Effect)
