Determinantes das exportações brasileiras de petróleo: uma análise por modelos ARDL no período de 2000 a 2019
Resumo
É possível notar um aumento expressivo da participação dos produtos primários na pauta exportadora brasileira ao longo dos anos 2000, com destaque para o petróleo bruto, que se torna o segundo produto mais exportado em 2019. Neste contexto, este artigo investiga os principais determinantes das exportações brasileiras de petróleo bruto, utilizando modelos ARDL com dados de 2000 a 2019, a fim de inferir a contribuição do setor para a sustentação da hipótese de reprimarização da economia no longo prazo. Os resultados obtidos apontam que, no caso brasileiro, o setor beneficia-se, sobretudo, de elevações da renda (demanda) e dos preços externos no curto prazo. No longo prazo, o efeito positivo da renda externa permanece, somado à melhoria do quadro institucional e ao aumento da capacidade produtiva dada pela descoberta das reservas do Pré-sal.
Downloads
Referências
ANDRADE, M.; VIEIRA, F. (2018). O Papel da Taxa de Câmbio, da Renda dos Parceiros Comerciais e do Preço Internacional das Commodities nas Exportações dos Estados do Nordeste (1999 a 2012). Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 49, p.183-202.
BITTENCOURT, G.; CAMPOS, C. (2014). Determinantes das Exportações Agropecuárias Brasileiras e sua Relação com o Investimento Direto Estrangeiro. Análise Econômica, Porto Alegre, v. 62, n. 32, p.155-176, set.
https://doi.org/10.22456/2176-5456.33673.
CARVALHO, M.; SILVA, C. (2008). Mudanças na pauta das exportações agrícolas brasileiras. Revista de Economia e Sociologia Rural, Brasília, v. 46, n. 1, p.53-73, jan. https://doi.org/10.1590/S0103-20032008000100003.
CNI. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA. Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). Disponível em: http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/icei-indice-de-confianca-do-empresario-industrial/. Acesso em: 30 jan. 2020.
GOBI, J. R.; PASCHOALINO, P. A. T.; ALVES, A. F. (2018). Brazilian Beef and Chicken Meat Trade Balance Performance between 2000 and 2015. Revista de Desenvolvimento Econômico, 39(1), p.7-25. https://doi.org/10.21452/rde.v1i39.5197.
GREENE, W. H. (2012). Econometric Analysis. Seventh Edition. Pearson.
HOFF, C. R. (2016). Uma análise dos determinantes da recuperação da balança comercial brasileira em 2015: petróleo, câmbio ou recessão? Indicadores Econômicos FEE, Porto Alegre, 43(4), p.9-22.
INTERNATIONAL MONETARY FUND. International Financial Statistics (IFS). Disponível em: https://data.imf.org/?sk=4C514D48-B6BA-49ED-8AB9-52B0C1A0179B. Acesso em: 05 fev. 2020.
IPEADATA. INSTITUTO DE PESQUISA EM ECONOMIA APLICADA. Macroeconômico. Disponível em: http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx. Acesso em: 30 jan. 2020.
MARTINS, R. M.; VERÍSSIMO, M. P. (2013). Exportações brasileiras de petróleo e a especialização da economia em bens intensivos em recursos naturais no período 2000-2012. Perspectiva Econômica, Porto Alegre, 9(2), p.115-130. https://doi.org/10.4013/pe.2013.92.04.
MDIC. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. (2020). Estatísticas do Comércio Exterior. Disponível em: http://www.desenvolvimento.gov.br. Acesso em: 30 jan. 2020.
MORTATTI, C. M.; MIRANDA, S. H. G.; BACCHI, M. R. P. (2011). Determinantes do Comércio Brasil-China de Commodities e Produtos Industriais: Uma Aplicação VECM. Economia Aplicada, v. 15, n. 2, p. 311-335.
NAKABASHI, L; CRUZ, M. J. V; SCATOLIN, F. D. (2008). Efeitos do Câmbio e Juros sobre as Exportações da Indústria Brasileira. Revista Economia Contemporânea, Rio de Janeiro, 12(3), p.433-461. https://doi.org/10.1590/S1415-98482008000300002.
OLIVEIRA, A. C. S.; CAMPOS, R. T.; CASTRO, I. S. B.; TROMPIERI NETO, N. (2015). Análise dos Efeitos das Taxas de Câmbio, de Juros e da Renda Mundial sobre as Exportações Brasileiras de Mel. Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, 46(3), p. 61-78.
PEREIRA, E. S; SILVA, J. R; MAIA, S. F. (2017). Os Efeitos da Taxa de Câmbio e dos Preços do Petróleo nos Preços Internacionais das Commodities Brasileiras. Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, 48(1), p.131-144.
PESARAN, M. H.; SHIN, Y. (1999). An Autoregressive Distributed-Lag Modelling Approach to Cointegration Analysis. In: Econometrics and Economic Theory in the 20th Century: The Ragnar Frisch Centennial Symposium. Cambridge: Cambridge University Press.
PESARAN, M. H.; SHIN, Y.; SMITH, R. J. (2001).Bounds Testing Approaches to the Analysis of Level Relationships. Journal of Applied Econometrics, 16(3), pp. 289-326. https://doi.org/10.1002/jae.616.
SCHETTINI, B. P.; SQUEFF, G. C.; GOUVÊA, R. R. (2012). Estimativas da função de exportações brasileiras agregadas com dados das contas nacionais trimestrais, 1995-2009. Economia Aplicada, v. 16, n. 1, p. 167-196.
SOUZA, F. R. (2006). Impacto do Preço do Petróleo na Política Energética Mundial. 2006. 171 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Economia, Coppe, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
WEISS, M. A.; CUNHA, A. M. (2011). Uma contribuição empírica para a compreensão dos impactos da taxa real de câmbio nas exportações brasileiras. Ensaios FEE, Porto Alegre 32(2), p. 435-464.
Copyright (c) 2021 Rafael Moraes de Sousa, Michele Polline Veríssimo
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).