Uma Análise da Endogeneidade da Moeda a Partir das Teorias Pós-Keynesiana e Cartalista

Palavras-chave: Teoria Monetária, Teoria Pós-Keynesiana, Cartalismo

Resumo

Este trabalho analisou a endogeneidade quanto a oferta de moeda. O debate da origem da moeda foi apresentado como ponto de partida. O posicionamento de Keynes e dos Pós-Keynesianos vai ao encontro da teoria cartalista da moeda, mas rejeita a hipótese de que a moeda seja endógena desde o seu surgimento. Para eles, a moeda passa a ser endógena apenas com o desenvolvimento dos bancos. Esse trabalho tem como hipótese a endogeneidade plena da criação de moeda. Neste caso, não se faz necessário um setor bancário desenvolvido, para que haja criação e multiplicação da moeda, pois a relação estabelecida originariamente por meio da dívida, já coloca a moeda essencialmente como endógena

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Biografia do Autor

Felipe Santos Tostes, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Mestrado em Economia do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Doutorado em Teoria Econômica pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor Assistente A2 do quadro do Departamento de Ciências Econômicas de Campos do Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional da Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor Coordenador do ensino de graduação à distância do curso de Administração Pública do Cederj. É integrante do Núcleo de estudos em Economia Aplicada (NEEA). Atua como pesquisador na área de Teoria Macroeconômica. O docente vem desenvolvendo estudos na linha de pesquisa ?Política Monetária, Fiscal, Cambial e Inflação? vinculado ao NEEA, com participação de alunos em projeto de iniciação científica. As pesquisas com bolsista de iniciação científica orientada estão vinculadas aos efeitos da política econômica (monetária e fiscal), especialmente em relação ao estudo da inflação.

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Publicado
2025-07-24
Como Citar
Tostes, F. S. (2025). Uma Análise da Endogeneidade da Moeda a Partir das Teorias Pós-Keynesiana e Cartalista. Brazilian Keynesian Review, 11(2), 243 - 273. https://doi.org/10.33834/bkr.v11i2.368
Seção
Artigos